11.09.2004

A vida, o Paúl de Tornada e o resto das coisas...

Recebi um livro sobre o Paúl de Tornada. Para quem não sabe, é uma área protegida ali para os lados das Caldas da Rainha. Segundo muitos, não vivem lá pessoas importantes, só pássaros, cágados, lontras, javalis...
Se calhar, pouco importantes são mesmo aqueles que nunca sentiram o cantar dos pássaros!

Lemos a brochura do Paúl e sentimos a mágoa das árvores abandonadas em tão pouco espaço.

Sentimos que tristes são os dias, onde, em aquários vazios de paixões, deixamos que os espaços morram ou sobrevivam há custa de pessoas, poucas, amigas, com um coração do tamanho do mundo. Vocês não conhecem, mas o Zé e os amigos, que lutam contra todos para manter o Paúl, fazem mais por esta terra, que todos os economistas juntos, e sem esforço, podemos também juntar os politicos a este grupo de técnicos da ineficácia.

Mas, como diz num livro a gente nunca sabe ao certo se da infâmia poderão nascer coisas belas. Pois é, dependemos deles para poder salvar os paúles da nossa vida!

Poderiamos não depender se com cuidado e inteligência, com uma pinça, retirasse-mos a decisão de quem decide sempre para o mesmo lado...Mas isso dá tanto trabalho!

E nessa crises de preguiça actuante, deviamo-nos lembrar do Zé e dos amigos, que constroem em cada dia, uma caminho dentro da esperança, por dentro da sua própria vida. Não é fácil, mas a isto é que chama cidadania sustentável...

Eles sim, podem amanhã dizer, que o futuro foi construido por eles. Vamos lá, vamos sentir que o sol não esmorece, que as aves não aborrecem e vamos aos poucos sentir e cuidar desta terra pois sem ela, não somos nada!

Acreditem, podem não lembrar-se deles, mas sem lontras e sem pássaros, esta lotaria não passa de um emplastro!