8.09.2005

Arquivos Perdidos I

© MRA

Tu tinhas o poder de uma droga
uma ou outra imagem luminosa
carregada de sombra deslocada.
E então, solenemente, atiravas-me
com ela: eu era o dono dos meus
próprios dedos e dele saiam faíscas,
era uma luz que nunca mais se apagava.
É de morrer a rir, nunca tive nenhum
fogo a sair-me dos dedos, ás vezes
até parecia uma coisa que não era.

Helder Moura Pereira