Arquivos Perdidos IV
© MRA
Na mesma altura vivemos
o tempo de frutos sãos.
Que rara ave comeu
tudo á volta dos caroços?
Se nos baixar-mos à força
da tempestade, sob os lódãos,
foi porque quando a cinza ardeu
nos cheirou até aos ossos.
Muito juntos são trovões
que vão batendo uns nos outros.
Será que ainda temos
de deixar passar esses raios?
Helder Moura Pereira
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