Faces de um lápis azul e vermelho, metáforasvãs que sempre me dizes, o azul chegavado lado das searas e eu, vermelho, vinhavivendo dias e noites ansiosamente.Coidado Com Cão já lá não está, nessa casaonde em três semanas cresceu erva.Já lá não está a roupa esticada na cordanem a cigana sempre sempre sempre grávida. © MRASe não eram searas era mar encapeladoou então terra queimada, frase feita, directapintura nas paredes. Com a tua beleza não posso.Mereço amor, mereçem todos? Ninguém,porém, gagueja assim: azelho, vermul --é o que faz confundir o lado das searascom o núcleo negro do redemoinhoe querem enganar o nada com coisa nenhuma.Helder Moura Pereira in Mútuo ConsentimentoAssírio & Alvim
© MRA
© MRAPasso a passo aproximando-mede ti, fosse o silêncio um rasgoe as tuas mãos silenciosas um só ramode mãos e flores todas juntas,jamais te chamaria por uma só palavra(...)Helder Moura Pereira in Mútuo ConsentimentoAssírio & Alvim
Parabéns para ti
© MRADedicado a todos os amigos e amigas que me esqueci de telefonar no dia do aniversário.Abraços e beijos!
Guarda luas
© MRA
Twilight
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Noites
© MRA
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© MRA
© MRA
© MRA
© MRA
© MRAViajar não é realizar o imaginário que nos excita antes da viagem mas sim exterminá-lo. O deslumbramento é do que se imagina e não do que realizou esse imaginar. Nós pensamos numa terra longínqua e confusamente admitimos que essa distância é sensível quando lá estivermos. Ora quando lá estivermos há o real que desmistifica o imaginário, há o lá, como aqui, num sítio limitado por um horizonte totalmente presente e não tocado da ausência que havia na imaginação. Mesmo os seus elementos característicos que tiver, uma vez realizados, perdem a magia na sua realização. Eis porque precisamos às vezes de rever num mapa a sua localização para de algum modo lhe restaurarmos a distãncia. Tudo se solidifica na concretização do real, tudo se desvanece aí da sua figuração. A grande força do real é a do que está para lá dele, porque toda a realidade é redutora. Vergílio Ferreira, in 'Pensar'